Oferta não consegue fazer face ao aumento da procura no segmento residencial de luxo. Siimgroup aprofunda mercado Countryside.
Portugal é um país que se “posiciona nos mercados externos, tornando-se atrativo para o investimento”. No segmento residencial de luxo, “continuamos a notar que o número de transações vem aumentando de acordo com o crescimento da oferta”. Porém, de acordo com Isabel Ravara, administradora do Siimgroup, “a oferta ainda não conseguiu até agora fazer face ao aumento da procura”.
De acordo com a mesma responsável, o mercado assiste “nos últimos anos ao aumento da procura” que é “liderada pelos incentivos ao investimento estrageiro”, nos casos os regimes de autorização de residência para investimento (ARI) e Residentes Não Habituais. Para além disso, dados outros fatores como “a visibilidade alcançada pelos centros históricos de Lisboa e Porto”, propiciada pelo “desvio de fluxos turísticos de destinos alternativos”; o “aumento da oferta e redução dos custos de deslocação com operadores low cost” e; “a competitividade dos rendimentos no imobiliário face a ofertas dos produtos financeiros”, Isabel Ravara considera que “não existem perspetivas a curto prazo de alteração destes fatores positivos”. Assim, “do lado da procura, a pressão irá manter-se”.
Já do lado da oferta “vimos um aumento de uma forma lenta mas consistente, existindo muitos projetos em desenvolvimento, mas quase todos já com percentagens altas de pré-vendidos”. Assim sendo, “os preços nos segmentos mais altos devem manterse e o seu aumento poderá notarse em determinados casos diferenciados como a localização”, entre outros.
Investir para arrendar
O segmento alto/luxo vem sendo dominado pelos projetos de reabilitação nas zonas do centro histórico quer em Lisboa, quer no Porto, sendo “um mercado que continua bastante ativo na capacidade de atrair o investimento estrangeiro”, assegura Isabel Ravara. No universo das vendas de habitação de luxo concluídas pelo Siimgroup, os estrangeiros continuam a pesar 25% (em termos de valor dos imóveis transacionados) até Outubro de 2016, sendo ainda os chineses, brasileiros e franceses as nacionalidades com maior expressão nestas compras.
A maioria deste investimento estrangeiro procura comprar os ativos para rentabilizar através do arrendamento. No entanto, “alguns dos cidadãos brasileiros e franceses demonstram a vontade de optarem pela residência no nosso país”, adianta.
Lisboa ainda tem um preço por m2 “muito inferior à maior parte das principais cidades europeias e isso tem sido um dos principais argumentos para atrair o investimento estrangeiro”, prossegue. Ainda fatores como “o clima, a gastronomia, a segurança e outras condições de excelência que Portugal oferece a quem quer investir são muito importantes na escolha do nosso país”.
A emergência do campo
Paralelamente, o Siimgroup refere“o aumento na procura de outras localizações próximas de Lisboa”, na componente campo (Countryside). Como exemplo, Isabel Ravara reporta a angariação dos terrenos Vila Nova de Santo Estevão e Mata do Duque I e II, com áreas entre os 1000m2 a 30000m2, que “são excelentes oportunidades imobiliárias para quem quer investir numa segunda ou até primeira habitação, usufruindo da tranquilidade de viver no campo, e continuar muito próximo de Lisboa”.
Em conclusão, a responsável do Siimgroup afirma que “Portugal é um país que se posiciona nos mercados externos tornando-se atrativo para o investimento”. Como consequência, o Siimgroup, durante o ano de 2016, continua a estar presente em diversas feiras e missões imobiliárias internacionais para promoção imobiliária do país, marcando presença de 9 a 11 de Dezembro na Luxury Property Show, em Shanghai.