A APPI ( Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários) promoveu este mês uma sessão com Williams Johnson, embaixador da Co-Liv em Portugal e CEO da B-Hive Living e, Matthias Hollwich, arquitecto especialista nestas soluções: «Lisboa precisa de co-living», diz W. Johnson, que encontrou uma cidade que precisa de «uma solução escalável para os problemas do acesso à habitação, e de um ponto de entrada para os novos “lisboetas”, numa altura em que tem a maior comunidade de nómadas digitais do mundo. Mas falta legislação para definir claramente se este é um equipamento ou habitação...» O arquiteto Matthias Hollwich, da Hollwich Kushner, que acredita que «Lisboa tem de encontrar o ADN específico do seu co-living, pois é diferente em cada cidade» para que continue a ser uma cidade global e competitiva. Sem ele, «as cidades vão perder o barco e ser menos competitivas».
O conceito de co-living faz tanto sentido para jovens como para os mais velhos, e «pode fazer uma grande diferença nos boomers», diz Hollwich. Isto porque podem evitar a «segregação» dos atuais lares ou casas de saúde, e contribuir para que «se goste de envelhecer». «As pessoas têm de ser bem apoiadas nos seus anos finais, e é a comunidade que deve fazer isso. Toda a gente tem de ser integrada, e é importante que tenham sempre atividades e convivência». Um co-living sénior pode ter os seus serviços específicos, locais para fazer exercício, áreas comuns, de saúde, cozinhas ou zonas de refeição: «é tudo o que já conhecemos do co-living para millennials», e esta pode ser uma solução para alguém que tem uma casa que já é demasiado grande para as suas necessidades.