Em Portugal, a certificação energética de edifícios é obrigatória sempre que um imóvel é anunciado para venda ou arrendamento. Aqueles que se encontram mais perto da classe A+ (muito eficiente) têm uma nota positiva. Em contraste, aqueles que têm um desempenho mais perto da classe F (pouco eficiente) representam más condições habitacionais.
Ora, de acordo com a escala europeia, a maior parte das habitações portuguesas construídas antes de 2016 tem o nível mais baixo de conforto interior. O acesso a energia limpa, acessível e confiável é essencial para a saúde humana, educação e prosperidade económica. Além disso, reduz as emissões de C02.
Todos os proprietários ou mediadores imobiliários devem dar o seu contributo para um planeta sustentável. Não podemos ficar à espera que esta questão seja apenas da responsabilidade do Estado – quer através da introdução de benefícios, quer de penalizações. A responsabilidade energética não é um assunto do passado ou algo que devemos deixar para o futuro. É presente. E devemos agir agora.
Independentemente dos benefícios fiscais e atribuições, a sustentabilidade é uma responsabilidade transversal. Sabemos que as novas gerações têm mais sensibilidade para este assunto. Hoje em dia, assistimos a jovens que não querem beber uma cerveja num copo de plástico, não são os maiores fãs de automóveis poluentes e preocupam-se com o risco de danos irreparáveis no ecossistema marinho. Jovens esses que, muito provavelmente, não vão quer um imóvel com uma má certificação energética.
Previsivelmente, num futuro próximo, o nível de eficiência dos imóveis será uma componente indicativa do seu valor.
A eficiência energética das habitações é uma responsabilidade de todos e chegou a hora de agirmos em conjunto – não só pelo planeta, como pelo futuro das novas gerações.