Segundo Isabel Ravara, administradora do Siimgroup, qualidade do destino e preço médio ainda baixo quando comparado com a Europa, seduzem investidores.
O mercado imobiliário nacional “tem vindo a sofrer alterações muito positivas”, sendo que Portugal apresenta condições “extraordinárias em termos de qualidade de vida”. Este facto “deixa-nos, neste momento, numa posição muito confortável junto dos investidores nacionais e internacionais”, refere Isabel Ravara, administradora do Siimgroup. Estes investidores “têm sido atraídos não só pelo conforto do país, mas pelos preços que são apresentados no imobiliário, pois o valor por metro quadrado ainda é dos mais baixos, comparados com o resto da Europa”.
A mesma responsável adianta que, “no Siimgroup temos vindo a assistir a estas alterações de uma forma tranquila, tendo podido ser interveniente em vários momentos”. A média do valor de imóveis transacionados pelo Siimgroup a nível nacional, “no primeiro trimestre de 2017, encontra-se entre os 6000 e os 8000 euros por metro quadrado”, estima. São “valores que consideramos enquadraremse ao mercado atual, face ao crescimento que assistimos relativamente ao ano anterior”, conclui.
Investimento externo aumenta
Esta conjuntura “leva a um aumento da procura, tornando o mercado ativo e rápido nos momentos de tomada de decisão para quem quer comprar ou vender”. No entanto, assegura aquela operadora, “a oferta imobiliária ainda não acompanha este ritmo, mas dá sinais de explorar novas soluções”.
No que diz respeito ao mercado de luxo, esta dinâmica “tem vindo a gerar novas soluções imobiliárias, mostrando uma evolução muito positiva. A reabilitação urbana tem vindo a incrementar e assegurar o crescimento deste segmento”, assinala a administradora daquela empresa associada ao universo RE/MAX. Desde logo, porque “o resultado que os programas de apoio e incentivo ao investimento estrangeiro têm tido para a economia nacional reflete-se na procura estrangeira”. Com efeito, “o investimento imobiliário estrangeiro em Portugal tem vindo a aumentar consideravelmente em 2017. Atualmente, representa 20% do universo das vendas imobiliárias a estrangeiros no Siimgroup”, resume.
Para o cliente nacional, este mercado de luxo “é também uma oportunidade de investimento”, sendo que tem havido uma “evolução dos preços dos imóveis para investimento”. Estes são “impulsionados pela procura de estrangeiros, atraídos por condições fiscais atrativas”, mas “a vantagem oferecida por comprar um imóvel traduz-se na aquisição de um ativo real cujo risco de perda de capital é limitado e cuja rentabilidade total poderá ser muito atrativa, comparando com as tradicionais aplicações bancárias”, analisa Isabel Ravara.
Estes motivos “levam a que o Siimgroup pretenda desenvolver a atividade da RE/MAX Collection Siimgroup, exigindo uma maior proximidade e confiança entre proprietários, investidores e operadores imobiliários do segmento de luxo”, assinala.
Mercado ainda com potencial para explorar
A continuidade das políticas de incentivo à reabilitação urbana e o tecido imobiliário de Lisboa e Porto, com um número elevado de imóveis a necessitarem de recuperação total, “asseguram uma cadência de oferta de mercado imobiliário de luxo para os próximos anos”, afirma a mesma responsável.
E se “o Algarve é ainda a localização mais procurada pelo turismo estrangeiro”, começa também “a notar-se uma procura por zonas mais rurais próximas das grandes cidades, permitindo haver uma maior qualidade de vida estando perto dos centros urbanos. O que nos mostra que o perfil do consumidor pode estar a mudar e que nos leva a crer que ainda existe muito mercado para explorar”, assegura Isabel Ravara.