José Pedro Neto é broker da RE/MAX Siimgroup Countryside, localizada no Ribatejo, em Santo Estêvão.
Com a experiência que tem neste mercado, na mediação imobiliária de herdades e casas no campo, o José Pedro Neto fala-nos sobre o posicionamento que o Siimgroup tem vindo a conquistar no segmento Agrobusiness.
O cliente comprador e o cliente proprietário na região do Ribatejo e Alentejo têm necessidades e exigências muito diferentes dos clientes residenciais urbanos?
Existem algumas diferenças. Os clientes vindos de Lisboa e outros centros urbanos procuram imóveis em zonas mais rurais, procurando as regalias que as regiões do interior proporcionam. Esta procura materializa-se principalmente em segundas habitações, bem como habitação própria, terrenos e herdades para produção agrícola. A Countryside atua preferencialmente nos concelhos de Benavente, Salvaterra de Magos e Coruche, cobrindo assim uma área bastante vasta com as características mencionadas.
É diferente avaliar um imóvel na cidade de um no campo? Quais são as variáveis a incluir nesse estudo?
Existem mais variáveis quando estamos a analisar terrenos e herdades. É raro, neste mercado, encontrar um imóvel idêntico a outropara estabelecer comparações e efetuar um estudo de mercado fidedigno. Uma herdade de 5 hectares com sobreiros, não vale o mesmo que uma do mesmo tamanho com a possibilidade de plantar uma outra cultura.
Os clientes compradores neste mercado têm normalmente uma necessidade de alargamento da sua atividade agrícola ou de investimento. Têm aparecido novos investidores, que veem nesta atividade uma forma de rentabilizar os seus activos.
Que conhecimentos e ferramentas específicos são necessários para actuar no mercado imobiliário do agrobusiness?
A RE/MAX Siimgroup Countryside é considerada uma referência na sua zona de actuação, tendo já uma rede de contactos e uma ferramenta criada internamente com informação muito estruturada e bem consolidada.
Assim, todas as angariações são feitas de forma muito profissional, com os conhecimentos e uma ferramenta única de que dispomos. Essa ferramenta permite o preenchimento de dados tais como: “localização geográfica, descrição de superfície, infraestruturas, qualidade de solos, tipo de agricultura, classificação da floresta, gado, maquinaria agrícola, entre outros. Estas informações quando exportados para um relatório, viabilizam-nos um estudo de mercado realmente fiável, o que nos diferencia dos outros agentes que operam neste mercado. Esta e outras ferramentas permitem uma maior preparação e conhecimento para a futura valorização e comercialização da angariação que efetuarmos.
Quais as perspectivas que tem em relação ao crescimento e interesse futuro pelo segmento do agrobusiness?
As perspetivas são bastante animadoras, por um lado, este tempo de confinamento fez com que as pessoas se apercebessem que precisam de espaços exteriores, fazendo com que alguns Clientes já nos tenham abordado com a questão de vir viver para o Campo.
Por outro lado, a agricultura é e será sempre uma atividade bastante interessante para investimento, tendo ainda muito potencial de crescimento e profissionalização no nosso país. Tanto na opção de produção própria, como na de arrendamento da terra a terceiros, onde se conseguem rentabilidades generosas.