A atratividade da oferta imobiliária nacional no mercado global vai ser essencial para a manutenção do dinamismo das transações, nomeadamente no mercado das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, que lideram os ciclos de volumes e preços.
Após uma fase em que a intervenção dos players internacionais se notou mais do lado da procura, 2019 foi e previsivelmente 2020 será um ano em que estes passarão a estar também presentes do lado da oferta, principalmente nos empreendimentos de média e grande dimensão, com oferta de tipologias e preços dirigida ao mercado nacional. Alta de Lisboa e Miraflores têm merecido destaque neste movimento.
No que toca ao segmento médio alto, a crescente oferta de apartamentos novos ou “reabilitados” em Lisboa em patamares de m² de oferta acima dos €6.000 tem provocado uma maior lentidão no seu escoamento, muito embora a maior parte deles continue a ser vendida “em planta” antes da conclusão.
O aumento da oferta de novos edifícios de escritórios, juntamente com a desadequação de muita da oferta “antiga” no CBD, tem acelerado a reconversão de vários destes últimos para habitação com custo/ tempo mais reduzido que um projeto novo. Por último é de referir que o mercado de habitação compete pelo espaço não só com os escritórios e oferta hoteleira como também com novas realidades de ocupação. Neste enquadramento, os edifícios em mau estado nas cidades são ativamente disputados e subiram já para preços que tornam cada vez mais difícil a equação da margem para cada um dos intervenientes.