Em 2020, a Praça de Espanha, em Lisboa, será outra. O trânsito e os carros darão lugar a um parque verde com quase cinco hectares, muito semelhante ao Jardim da Estrela, com espaços de recreio, lazer e desportivos. As obras no centro da capital começam dentro de meses e devem estar concluídas no próximo ano, quando Lisboa será "Capital Verde da Europa". As mudanças deverão custar seis milhões de euros à autarquia.
O futuro parque Urbano da Praça de Espanha, da autoria do atelier de arquitetura paisagista NPK - projeto vencedor do concurso internacional de ideias -, terá acesso direto aos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, através de uma ponte pedonal que fará a ligação.
“Contamos que as obras estejam concluídas no próximo ano, em 2020”, disse Fernando Medina esta segunda-feira (11 de fevereiro de 2019) na apresentação pública da proposta vencedora do concurso para a requalificação do espaço.
“Reforçamos as ligações pedonais, ciclovias, o sistema de transporte público”, esclareceu, adiantando que “por cada mil pessoas que possam mudar do automóvel para transportes públicos e bicicleta são menos cinco quilómetros de filas na cidade.”
Mais de 630 novas árvores
O parque urbano terá a dimensão de cerca de 5 hectares, uma área equivalente à do Jardim da Estrela - também no centro da capital - e irá contemplar a plantação de mais de 600 novas árvores. Vai contar ainda com parques infantis, esplanadas e quiosques. Para o autarca de Lisboa, este projeto é o “símbolo de uma cidade em transformação no caminho da sustentabilidade ambiental” e uma marca da “Lisboa do futuro”.
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, anunciou, por seu lado, que será lançado “em breve um concurso de ideias para a extensão do Parque Gulbenkian para o seu vértice sul”, que deverá estar concluída “pouco tempo depois do Parque Urbano da Praça de Espanha”.